Câmara de Juazeiro do Norte: Sessão é marcada por denúncias em contratos de aluguel e abandono de PSFs

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte realizou, nesta terça-feira (11), sessão ordinária que abriu os trabalhos legislativos desta semana. A plenária foi marcada por novas denúncias contra a gestão do prefeito Glêdson Bezerra. Entre elas, o abandono de PSFs e possíveis irregularidades em contratos de aluguéis.

As denúncias vieram à tona durante os pronunciamentos dos vereadores Márcio Joias (PRD) e Janu (PSB). O primeiro mostrou registros de uma visita ao prédio onde funcionava o PSF do bairro Franciscanos, que está interditado. “Já se passaram três anos e meio e nunca reformaram esse equipamento”, disse Márcio Joias.

Com o prédio fechado, o PSF está instalado provisoriamente numa casa alugada, localizada na Rua Monsenhor Esmeraldo, naquele bairro. Segundo Márcio Joias, a casa pertence à companheira do pai do prefeito. A informação foi confirmada por Janu, que mostrou uma cópia do IPTU do imóvel.

“Esse imóvel é do pai do prefeito e está no nome da esposa dele. Fui no cartório e [a casa] está lá registrada no nome dela. Por isso que não mandam para esta Casa os aluguéis que existem em Juazeiro, os imóveis alugados [pela prefeitura] que a gente tanto solicita”, disse o parlamentar.

Ainda foram apontadas outras denúncias sobre imóveis de pessoas próximas ao prefeito. Márcio e Janu fizeram questionamentos sobre um duplex que estaria sendo construído pela secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Josy Lima, em um bairro nobre de Juazeiro.

Diante das denúncias apresentadas, vereadores alegaram que já existem elementos suficientes para a cassação do prefeito Glêdson Bezerra. O presidente Capitão Vieira Neto (MDB) disse que, caso uma comissão processante seja instalada na Câmara, o trâmite seguirá conforme estabelece a Lei Orgânica do Município (LOM).

“Não tem nenhum pedido na Câmara tramitando, mas se por acaso for apresentado dentro do que manda a lei, nós colocaremos para ser apreciado pelo plenário. É o nosso dever, a nossa obrigação. Contudo, tem que ter os fundamentos necessários e os fundamentos obrigatórios para essa instalação”, explica o presidente.