O mundo já tem mais de 100 mil mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, até a tarde desta sexta-feira, segundo levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins. O número de infectados pelo novo coronavírus passou de 1,6 milhão.
A Itália segue como o país mais afetado pela doença, com 18.849 mortes. Estados Unidos (17.925 mortes), Espanha (15.970 mortes), França (12.210 mortes) e Reino Unido (8.958 mortes) fecham a lista das regiões mais atingidas.
Autoridades australianas informaram nesta sexta-feira (9) que vão aumentar os bloqueios no país durante a Páscoa para evitar a propagação do coronavírus. Mesmo com uma redução no número de casos, a Austrália vai fazer blitz, distribuir multas e até mesmo usar helicópteros para fiscalização.
O país decretou o fechamento de templos e igrejas, além de proibir reuniões públicas com mais de duas pessoas. As viagens não essenciais também estão limitadas no país.
A cidade de Daegu, na Coreia do Sul, que teve o primeiro grande surto de Covid-19 fora da China, relatou que não teve nenhum novo caso da doença no último dia. É a primeira vez que isso acontece desde o fim de fevereiro. Daegu foi o epicentro da doença na Coreia do Sul.
Mais da metade dos casos aconteceu lá. Há um culto religioso na cidade onde as pessoas se aglomeram. O país virou rapidamente o segundo no mundo com mais casos. O governo, então, implementou uma política de testes em massa, confinamento e distanciamento social para controlar os números.
Destaques desta sexta
- A Espanha registrou mais de 15,8 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia
- Números do país ibérico são os menores desde 24 de março
- Autoridades iranianas apontam mais de 4 mil mortes e ao menos 68 mil casos
- Wuhan continua a testar residentes, mesmo com afrouxamento da quarentena
- O presidente de Portugal vai propor a prorrogação do isolamento no país
- Embaixada alemã pede que viajantes deixem o Brasil
- Os Países Baixos tiveram mais de 2 mil mortes que o estimado para a primeira semana de abril
- Brasil tem ao menos 957 mortes e 18,1 mil confirmações de coronavírus
- Estados Unidos se tornaram o segundo país com mais mortes em todo o mundo
- Mais de 1,6 milhão de infectados pelo novo coronavírus no mundo
- Ao menos de 95 mil mortes por Covid-19 no mundo
O Ministério da Saúde da Espanha atualizou o número de mortes por coronavírus no país. São mais de 15,8 mil mortes pela Covid-19, um aumento de mais de 600 nas últimas 24 horas, número abaixo da média dos últimos dias. O país também tem mais de 157 mil casos confirmados.
Nesta sexta, o país registrou 605 mortes por complicações da Covid-19, a cifra é a mais baixa para o país desde o dia 24 de março. Segundo o jornal “El Pais”, o número pode estar abaixo da realidade, porque há subnotificação dos casos durante feriados e fins de semana.
Os números são atualizados com as devidas correções sempre no primeiro dia útil, reforça o periódico.
Portugal prorroga isolamento
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que vai propor a prorrogação do isolamento do país até pelo menos o dia 1º de maio, em resposta ao aumento no número de casos no país que já chega a mais de 15 mil.
O pedido terá que ser aprovado pelo Parlamento português. O país declarou estado de emergência por 15 dias em 18 de março e na semana passada aprovou sua prorrogação por mais 15 dias até 17 de abril.
Nos EUA
Os Estados Unidos ultrapassaram o número de mortes da Espanha e se tornaram o segundo país com mais mortes em todo o mundo por conta do novo coronavírus. Segundo o levantamento da Johns Hopkins, são mais de 16 mil mortes por complicações da Covid-19, atrás apenas da Itália, com ao menos 18 mil.
O mundo tem mais de 1,6 milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em atualização das 06h10 (horário de Brasília), a universidade norte-americana Johns Hopkins apontou 1.605.548 casos de contágio, além de 95.808 mortos e mais de 356 mil recuperados da Covid-19.
A cidade de Nova York passou a usar valas comuns para enterrar vítimas de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que não tenham seus corpos reclamados pela família. Imagens aéreas feitas pela agência Associated Press mostram caixões empilhados em trincheiras comuns em um campo em Hart Island, uma ilha perto do Bronx, em Nova York.
A cidade também reduziu o tempo em que mantém corpos de vítimas de Covid-19 em necrotérios. Agora, passou de 25 para 14 dias o tempo de armazenamento dos corpos. As vítimas que não tiverem seus corpos reclamados pela família, são levadas para o campo em Hart Island.
Alemanha recomenda retorno de cidadãos
A China informou mais 42 novos casos de coronavírus, 38 deles foram importados. O número está abaixo dos 63 casos vistos no dia anterior. O número total de infecções na China continental agora é de 81.907, enquanto o número de mortos aumentou para 3.336.
Em Wuhan, cidade chinesa apontada como início da pandemia, continua a testar seus cidadãos para coronavírus regularmente. Nesta semana, a metrópole de mais de 11 milhões de habitantes começou a afrouxar o bloqueio imposto por mais de 2 meses.
Primeiro-ministro britânico
O embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, pediu que os cidadãos do país europeu que estejam em viagem pelo Brasil voltem o mais rapidamente possível para a casa. Em uma carta publicada na quinta-feira (9), no site da Embaixada, o diplomata pede urgência no retorno.
No comunicado, o representante alemão cita a escalada de casos graves e de mortes, e o temor de que a situação se agrave rapidamente. O texto diz ainda que, em alguns estados brasileiros, os sistemas de saúde já estão sobrecarregados.
No Brasil, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até às 10 horas, 18.176 casos confirmados de Covid-19. Ao todo, foram 960 mortes pelo novo coronavírus. O balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na tarde de quinta, aponta 17.857 casos confirmados e 941 mortes.
Reabertura chinesa
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ainda não “se livrou” do coronavírus e precisa de tempo para descansar e se recuperar da Covid-19, disse seu pai, Stanley Johnson, em entrevista à rede BBC.
O político conservador de 55 anos deixou na quinta-feira à noite a unidade de terapia intensiva, onde estava desde segunda-feira. Ele foi transferido para outra unidade no hospital St Thomas, em Londres, e colocado sob “vigilância rigorosa durante a fase inicial de sua recuperação”, segundo seu porta-voz.
“Ele precisa descansar. Pelo que entendi, ele foi transferido da terapia intensiva para uma unidade de recuperação, mas acho que não podemos dizer que ele se livrou” do coronavírus, declarou seu pai, ex-funcionário europeu.
Império japonês
O Japão anunciou que, devido à pandemia de coronavírus, a cerimônia de proclamação do príncipe Akishino como herdeiro do trono do Crisântemo, previsto para 19 de abril, foi adiada. O ministro porta-voz do gabinete, Yoshihide Suga, informou que ainda não há uma nova data para a cerimônia.
O governo de Shinzo Abe concordou na última terça-feira (7) em colocar Tóquio e seis outras cidades no Japão em estado de emergência para combater a epidemia de Covid-19, que até o momento infectou mais de 5,5 mil pessoas no país, com ao menos 100 mortes.
Páscoa em casa
O governo britânico fez um apelo que seus cidadãos fiquem em casa no feriado da Páscoa, em meio a temores de que o impulso para ver familiares no dia sagrado para o cristianismo possa prejudicar os esforços para conter a propagação do coronavírus.
O Reino Unido passa pela terceira semana com as restrições mais rígidas à vida cotidiana em tempos de paz de sua história, com a determinação para que as pessoas fiquem em casa e a polícia com poderes para punir os que quebrarem as regras.
Mais restrições
Nas Filipinas, o governo proibiu que médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde fossem trabalhar no exterior, enquanto o país precisar de suas atividades. A decisão emitida em 2 de abril foi divulgada nesta sexta pela Administração Filipina de Emprego no Exterior.
O objetivo é “priorizar a alocação de recursos humanos para o sistema nacional de saúde”, disse o subsecretário de Relações Exteriores Brigido Dulay em uma rede social.
A Malásia estendeu as restrições de viagens por mais duas semanas, agora até 28 de abril, para conter a pandemia de coronavírus, apesar do país registrar uma desaceleração no ritmo de novas infecções. O país tem o maior número de casos confirmados de Covid-19 no sudeste da Ásia, com mais de 4 mil casos e 70 mortes.
Fonte: G1